GUERRA, UMA PERSPECTIVA BÍBLICA

Notícias de guerra dominam as manchetes do dia. Conflitos no Oriente Médio. Guerras antigas na África. Ameaças de hostilidades na Ásia. Os nomes, lugares e motivos variam, mas a história é a mesma. Paz mundial duradoura parece cada vez mais distante no mundo moderno.
Pessoas religiosas enfrentam outros conflitos, batalhas na própria consciência. Alguns líderes de grandes países, homens que alegam ser cristãos, falam de guerras justas e de algum plano especial de Deus em relação a determinados países. Outros religiosos, dizendo que servem ao mesmo Deus, falam de guerras santas e de exterminação dos infiéis.

Como devemos encarar a guerra? Um discípulo de Cristo pode usar armas para matar outras pessoas? O que Deus diz nas Escrituras?
Princípio Geral: Não Matar

Desde a época dos Patriarcas, Deus tem mantido uma diferença fundamental entre a vida
dos homens e a vida dos animais. Quando Caim matou Abel, Deus o castigou. Quando o Senhor deu permissão para comer animais, ele frisou a posição privilegiada do homem:

"Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu, porque Deus fez o homem segundo a sua imagem" (Gênesis 9:6).

Na lei dada aos israelitas no monte Sinai, Deus disse: "Não matarás" (Êxodo 20:13).
Exceção Específica: Pena de Morte

Às vezes, Deus dá uma regra geral e depois abre algumas exceções específicas. Por exemplo, ele proibiu que os judeus trabalhassem no sábado (Êxodo 20:8-11), mas especificamente autorizou o trabalho dos sacerdotes neste dia (Mateus 12:5). Ele proibiu o divórcio (Lucas 16:18; 1 Coríntios 7:11,12), mas abriu exceção no caso de traição (Mateus 5:32; 19:9).

Como havia feito logo depois do dilúvio, Deus aplicou a penalidade máxima em casos de homicídio na época da lei dada por meio de Moisés: "Quem ferir a outro, de modo que este morra, também será morto" (Êxodo 21:12; veja Números 35:16-21; Deuteronômio 19:11-13). Na lei dada aos judeus para governá-los espiritual e civilmente, Deus ordenou que a mesma punição fosse aplicada em vários outros casos de crimes contra a vontade dele. No Novo Testamento, o governo espiritual (na igreja) é distinto do governo civil. A igreja não tem direito de aplicar a pena de morte, mas o governo o tem (veja Romanos 13:1-7).

Exceção Específica: Guerras Autorizadas
Da mesma maneira que Deus proibiu homicídio, mas autorizou a pena de morte, ele também autorizou algumas guerras. Ele mandou que Moisés lutasse contra Seom (Deuteronômio 2:31), contra Ogue (Deuteronômio 3:1-3), e contra os midianitas (Números 31:1,2). Deus ordenou que Josué fosse à guerra contra Jericó e os povos de Canaã (Josué 6:1-21; 8:1,2; etc.). Deus enviou Saul para destruir os amalequitas, um povo especialmente rebelde contra o Senhor (1 Samuel 15:1-3) e usou Davi para castigar os filisteus (2 Samuel 6:19). Às vezes, Ele chamou outras nações contra o próprio povo dele, para castigar seus filhos desobedientes (Juízes 4:1,2; 6:1). Deus usou os caldeus (babilônios) para castigar o povo de Jerusalém (Jeremias 32:28-30; Habacuque 1:5,6).

Princípio Geral: Deus Domina e Usa Nações
Na sua soberania, justiça e perfeita sabedoria, Deus reina sobre as nações e usa uma para castigar outra. O princípio fundamental deste domínio se encontra em Provérbios 14:34: "A justiça exalta as nações, mas o pecado é o opróbrio dos povos." Nabucodonosor aprendeu "...que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer" (Daniel 4:32). Jesus afirmou o mesmo fato quando disse a Pilatos: "Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada" (João 19:11). Jesus foi elevado acima de todo poder (Efésios 1:20-22). Paulo afirma: "Porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas" (Romanos 13:1). Deus exerce este domínio absoluto em justiça, castigando ou poupando nações conforme o procedimento delas (Jeremias 18:1-12).

Revelações específicas autorizando a participação em guerra

Em algumas das mesmas passagens já citadas, observamos casos nos quais Deus especificamente autorizou uma pessoa ou uma nação pelejar contra outro povo. A questão em tais casos não foi de agredir ou defender, mas de cumprir a vontade de Deus. Ele usou Israel para invadir a terra de Canaã, depois de séculos de pecados cometidos pelos povos que nela habitavam (veja Gênesis 15:16-21). Quando Deus falava: "...contende com eles em peleja" (Deuteronômio 2:24), cabia ao homem obedecê-lo. Deus especificamente autorizou algumas guerras.

Revelações específicas proibindo a participação em guerra

Mesmo na época em que Deus protegia seu povo escolhido, Ele nem sempre autorizou a participação dos seus servos em guerras. Jeremias, um dos grandes profetas do Velho Testamento, foi tratado como traidor por transmitir a mensagem de Deus ao povo de Jerusalém. Ao invés de se mostrar grande "patriota" aos olhos dos homens, ele aconselhou rendição aos babilônios! "A este povo dirás: Assim diz o Senhor: Eis que ponho diante de vós o caminho da vida e o caminho da morte. O que ficar nesta cidade há de morrer à espada, ou à fome, ou de peste; mas o que sair e render-se aos caldeus, que vos cercam, viverá... Pois voltei o rosto contra esta cidade, para mal e não para bem, diz o SENHOR; ela será entregue nas mãos do rei da Babilônia..." (Jeremias 21:8-10). Quando Josias, um bom rei, cometeu o erro de se intrometer numa guerra contra a vontade de Deus, ele perdeu a sua vida (2 Crônicas 35:20-24).

Ímpios castigando os mais justos

Um dos pontos difíceis para os servos de Deus é a questão de Deus permitir, ou até enviar, uma nação ímpia para castigar uma que parece mais justa. O livro de Habacuque trata deste problema em relação à Judá, que foi humilhado pelos babilônios. O profeta questionou o Senhor: "Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal e a opressão não podes contemplar; por que, pois, toleras os que procedem perfidamente e te calas quando o perverso devora aquele que é mais justo do que ele?" (Habacuque 1:13). Basicamente, Deus respondeu que Ele age na sua soberania, e nem sempre castiga pessoas e nações na ordem que parece certa ao homem. Ele usaria a Babilônia contra Judá, e depois castigaria os próprios babilônios.

Deus castigando os dois lados na mesma guerra

Nem sempre dá para identificar um lado totalmente bom e outro totalmente mau. Na guerra em Gibeá (Juízes 19-21), Deus usou as outras tribos de Israel para castigar os benjamitas, mas somente depois de deixar Benjamim matar 10% dos soldados israelitas. O contexto sugere o motivo: Deus estava irado com ambas as partes. Ele queria castigar os benjamitas pelos pecados terríveis que cometeram, mas as outras tribos não chegaram à batalha com mãos limpas.

O que deus tem revelado para hoje?

Hoje em dia, Deus não está enviando profetas com novas revelações, guiando reis e presidentes em decisões específicas sobre guerra. Já temos a palavra completa revelada para nos guiar (Judas 3; 2 Pedro 1:3,4; 2 Timóteo 3:16,17), e Deus não está nos dando novas revelações (Gálatas 1:6-9; 1 Coríntios 13:8-13; Zacarias 13:1-3). Temos que aplicar os princípios já revelados nas Escrituras.

O governo deve castigar criminosos. Romanos 13:1-7 e 1 Pedro 2:13-14 falam sobre esta responsabilidade dos governos autorizados por Deus.

Deus ainda domina e usa nações contra nações. Textos como Mateus 24 e o livro de Apocalipse mostram que o domínio de Deus não diminuiu depois do Velho Testamento. Ele não anuncia seus julgamentos da mesma forma de antes, mas ele ainda domina e castiga.

O cristão deve procurar viver em paz com todos. A nossa vocação é pacífica (Romanos 12:18). Nossa guerra é espiritual, e não carnal (2 Coríntios 10:3-6; Efésios 6:10-17). A única guerra santa no reino de Cristo é a peleja contra o pecado e as táticas do diabo. Esta guerra não requer violência. O nosso comandante nos manda amar os nossos inimigos e orar pelos que nos perseguem (Mateus 5:44,45).

Não há nenhuma revelação específica autorizando o cristão a tirar vidas em guerra. Em outras épocas, Deus especificamente mandou que Moisés, Josué, Saul, Davi e outros tirassem a vida dos inimigos. Na ausência de tal revelação hoje, o cristão deve respeitar o princípio geral revelado por Deus em todas as épocas. A vida humana foi santificada por Deus, e deve ser respeitada pelo homem.

Apesar dos argumentos bíblicos contra o envolvimento do cristão em guerras, alguns tentarão justificar tal violência, afirmando que o homem é obrigado pelo governo a matar. Duas observações: Se for assim, o cristão ainda teria que obedecer a Deus, e não aos homens (Atos 5:29). Muitos governos, incluindo o brasileiro, respeitam a consciência de cidadãos que, por motivos religiosos, não podem matar em serviço militar (Constituição Federal, artigo 5º, Incisos VI, VII e VIII).

A questão de guerra continuará perturbando os homens enquanto durar a terra. Como em todos os outros assuntos que pertencem à vida e a piedade, devemos buscar respostas na palavra de Deus (2 Pedro 1:3-4).


Fonte: Dennis Allan – Estudos Bíblicos


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ÁRVORE DE NATAL

A árvore de Natal é uma das mais populares tradições associadas com a celebração do Natal. É normalmente uma árvore conífera de folhas perenes, ou uma árvore artificial. Como parte da tradição, enfeita-se a árvore com com bolas coloridas e outros adornos natalinos, como o sino de Natal.

HISTÓRIA

Civilizações antigas que habitaram os continentes europeu e asiático no terceiro milênio antes de Cristo já consideravam as árvores como um símbolo divino. Eles as cultivam e realizavam festivais em seu favor. Essas crenças ligavam as árvores a entidades mitológicas. Sua projeção vertical desde as raízes fincadas no solo, marcava a simbólica aliança entre os céus e a mãe terra.

Na Assíria a deusa Semiramis havia feito uma promessa aos assírios, de que quem montasse uma árvore com enfeites e presentes em casa no dia do nascimento dela, ela iria

PRESÉPIO

Na língua portuguesa, designa o local onde se recolhe o gado ou o estábulo. O presépio é uma referência cristã que remete para o nascimento de Jesus numa gruta de Belém, na companhia de José e de Maria. Conta a Bíblia que, depois de muito tempo à procura de um lugar para albergar o casal, que se encontrava em viagem por motivo de recenseamento de toda a Galileia, José e Maria tiveram que pernoitar numa gruta ou cabana nas imediações de Belém. De acordo com a mesma fonte, Jesus nasceu numa manjedoura destinada a animais (no presépio, uma vaca e um burro) e foi reconhecido, no momento do nascimento, por pastores da região, avisados por um anjo, e, uns dois anos mais tarde, não na manjedoura, mas na casa de Jesus, por reis magos vindos do oriente, guiados por uma estrela, que teriam oferecido ouro, incenso e mirra à criança.

Segundo a história, estes acontecimentos ocorreram no tempo do Rei Herodes, que teria mandado matar todas as crianças por medo de perder o seu trono para o futuro rei dos judeus.

FOLIA DE REIS

A folia de reis é uma festa católica que celebra os Três Reis Magos (a Bíblia não relata se eram três e nem se estes homens eram reis). Fixado o nascimento de Jesus Cristo a 25 de dezembro, adotou-se a data da visitação dos Reis Magos como sendo o dia 6 de janeiro, que, em alguns países de origem latina, especialmente aqueles cuja cultura tem origem espanhola, passou a ser a mais importante data comemorativa católica, mais importante, inclusive, que o próprio Natal.

Na cultura tradicional brasileira, os festejos de Natal eram comemorados por grupos que visitavam as casas tocando músicas alegres em louvor aos "Santos Reis" e ao nascimento de Cristo; essas manifestações festivas estendiam-se até a data consagrada aos Reis Magos, 6 de janeiro. Trata-se de uma tradição originária de Espanha que ganhou força especialmente no século XIX e que mantém-se viva em muitas regiões do país, sobretudo nas pequenas cidades dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro, Goiás, dentre outros.

PAPAI NOEL

O papai Noel é um símbolo do natal. Nessa época podemos observar vários símbolos natalinos espalhados pelas cidades, mas o que encanta adultos e crianças é o bom velhinho.
Um bispo católico, que viveu no século IV, costumava ajudar pessoas com dificuldades financeiras, dando presentes às crianças ou jogando moedas pelas chaminés das casas.
As pessoas acreditavam que isso era milagre e são Nicolau foi tido como santo.
A Alemanha foi o primeiro país a representar são Nicolau como símbolo de natal e com o passar dos anos a ideia foi se espalhando por todo o mundo.
Andar pelo céu sendo puxado por um trenó dirigido por renas, veio de uma história criada pelo professor de literatura, que morava em Nova Iorque, Clemente Clark Moore. Foi ele quem deu ao mesmo as características que apresenta, como ser velho, gordo, ter barba longa, usar roupas vermelhas e carregar um saco de presentes nas costas.

O CONFLITO ISRAEL X PALESTINA

Raízes do conflito
Em 1897, durante o primeiro encontro sionista, ficou decidido que os judeus retornariam à Terra Santa, em Jerusalém, de onde foram expulsos pelos romanos no século III d.C.. Imediatamente teve início à emigração para a Palestina, que era o nome da região no final do século XIX. Nesta época, a área pertencia ao Império Otomano, onde viviam cerca de 500 mil árabes. Em 1903, 25 mil imigrantes judeus já estavam vivendo entre eles. Em 1914, quando começou a I Guerra Mundial (1914-1918), já eram mais de 60 mil. Em 1948, pouco antes da criação do estado de Israel, os judeus somavam 600 mil.


O Estado duplo
Os confrontos se tornavam mais violentos à medida que a imigração aumentava. Durante a II Guerra Mundial (1939-1945), o fluxo de imigrantes aumentou drasticamente porque milhões de judeus se dirigiram à Palestina fugindo das perseguições dos nazistas na Europa. Em 1947, a ONU tentou solucionar o problema e propôs a criação de um “estado duplo”: o território seria dividido em dois estados, um árabe e outro judeu, com Jerusalém como “enclave internacional”. Os árabes não aceitaram a proposta.

As Guerras
No dia 14 de maio de 1948, Israel declarou independência. Os exércitos do Egito, Jordânia, Síria e Líbano atacaram, mas foram derrotados. Em 1967 aconteceram os confrontos que mudariam o mapa da região, a chamada “Guerra dos Seis Dias”. Israel derrotou o Egito, Síria e Jordânia e conquistou de uma só vez toda a Cisjordânia, as colinas do Golán e Jerusalém leste. Em 1973, Egito e Síria lançaram uma ofensiva contra Israel no feriado de Yom Kippur, o Dia do Perdão, mas foram novamente derrotados.

Intifada
Em 1987 aconteceu a primeira Intifada, palavra árabe que significa “sacudida” ou “levante”, quando milhares de jovens saíram às ruas para protestar contra a ocupação considerada ilegal pela ONU. Os israelenses atiraram e mataram crianças que jogavam pedras nos tanques, provocando indignação na comunidade internacional. A segunda Intifada teve início em setembro de 2000, após o então primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, ter caminhado nas cercanias da mesquita de Al-Aqsa, considerada sagrada pelos muçulmanos e parte do Monte do Templo, área sagrada também para os judeus.


PARÁBOLAS

Quando Jesus, chegando ao fim do seu segundo ano de pregação pública, derramou à beira do Mar da Galiléia aquela maravilhosa série de parábolas ilustrando a natureza do reino do céu, seus discípulos ficaram tão confusos com elas que lhe perguntaram em particular, "Por que lhes falas por parábolas?" (Mateus 13.10; Marcos 4.10).


As parábolas tinham certamente um lugar especial na última fase do ensinamento de Jesus, mas não eram unicamente dele. Elas aparecem frequentemente no Velho Testamento (veja 2 Samuel 12.1-4), especialmente nos profetas (Isaías 5.1,2; Ezequiel 17.1-10), e foram um método familiar de ensinamento entre os rabis do próprio tempo de Jesus. O que, então, deve ter surpreendido os discípulos não foi seu desconhecimento de parábolas, mas a súbita mudança para uma abordagem de seu Mestre até ali desconhecida. Jesus atribui a mudança no ensinamento a uma mudança na atitude de seus ouvintes.

Mateus diz que Jesus falava por parábolas em cumprimento da profecia: "Abrirei os lábios em parábolas e publicarei enigmas dos tempos antigos" (Mateus 13.34,35; Salmo 78.2). O propósito das parábolas era revelar as verdades ocultas do reino de Deus, porém não a todos. Ao coração honesto, estas histórias ilustrativas trariam mais luz mas, aos orgulhosos e rebeldes, elas criariam mais confusão (Mateus 13.11-17). Esse é o significado da declaração de Jesus que "Porque a vós outros é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas àqueles não lhes é isso concedido" (Mateus 13.11). Isto não tem referência a alguns tipos de predestinação calvinista arbitrária, mas a um princípio que enche as páginas do Velho Testamento. Isaías fala fortemente disso. "Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos" (Isaías 57.15). "... mas o homem para quem olharei é este: o aflito e abatido de espírito e que treme da minha palavra" (Isaías 66.2). E quanto ao orgulhoso, Isaías diz que na vinda do reino messiânico "Os olhos altivos dos homens serão abatidos, e a sua altivez será humilhada..." (Isaías 2.11).

A passagem que Jesus cita para explicar sua súbita reversão a parábolas (Isaías 6.9,10) fala da degradação espiritual dos israelitas, do orgulho e da teimosia de coração que tornaram impossível para eles continuar a ouvir e entender as palavras de Deus. Jesus diz simplesmente que era uma profecia que tinha sido liberalmente cumprida em seus próprios ouvintes. Toda a sabedoria que eles ouviram de sua boca e todas as maravilhas que viram de sua mão nada tinha significado porque "o coração deste povo está endurecido, de mau grado ouviram com os ouvidos, e fecharam os olhos." (Mateus 13.15).

As parábolas eram um abanador nas mãos do Filho de Deus, que limparia sua eira da palha enquanto purificava o trigo. Elas eram uma penetrante espada de dois gumes para determinar se o coração de Seus ouvintes era orgulhoso ou humilde, teimoso ou contrito (Hebreus 4.12). Esse é o significado de seu "Pois ao que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado" (Mateus 13.12). Aqueles que possuíam humildade mental estavam destinados a ter um entendimento rico e verdadeiro do reino do céu, mas aqueles que não tinham nada, ou pouco desse espírito, estavam destinados a perder até o pouco entendimento que tinham.

O evangelho do reino está assim moldado para atrair e informar os humildes, enquanto afasta e confunde os orgulhosos. Ouvir a palavra de Deus é uma experiência dinâmica. Seremos ou melhores ou piores por ela. O mesmo sol que derrete a cera endurece a argila. Mas isso é a escolha que o estudante, não o mestre, faz. As parábolas não tornarão orgulhoso um coração humilde, mas podem tornar humilde um coração orgulhoso, se estivermos dispostos a permiti-lo. Isso, certamente, é o desejo maior do Salvador dos homens.

O significado das parábolas nem sempre foi patentemente evidente, mesmo para o coração humilde, mas a mesma história que afastou o altivo rindo presunçosamente, trouxe de volta o humilde fazendo perguntas. Os discípulos de Jesus não entenderam porque Ele começou subitamente a ensinar exclusivamente por parábolas (Mateus 13.10, 34-35), ou o que suas histórias incomuns significavam, mas tinham aquela simplicidade de coração que os trouxe de volta pedindo mais informação (Mateus 13.36; Marcos 4.10; Lucas 8.9). Também temos essa escolha. Quando somos confrontados com alguma declaração desafiadora da Escritura, podemos tanto sair em desespero e confusão, ou ficar ali pacientemente para aprender mais. Nossa resposta revelará se nos é dado saber os mistérios do reino de Deus e que tipo de coração temos.


Fonte: Paul Earnhart (estudosdabiblia.net)

AS PARÁBOLAS DE JESUS


A maioria dos estudiosos tem discordado quanto ao número de parábolas que identificaram nos Evangelhos. Suas relações variam entre 30 e 80, dependendo de terem ou não incluído parábolas semelhantes que não foram descritas sob o termo “parábola” e de terem incluído parábolas mais curtas e exemplos extraídos delas. Aqui estão analisadas 49 parábolas. 

Elas foram distribuídas em nove categorias.

Para ler a análise da parábola, dê um clique sobre o título escolhido na relação abaixo:


Parábolas
Mateus
Marcos
Lucas
João

I. A MENSAGEM DE DEUS AO MUNDO

A. Natureza da mensagem
1

9.16,17
2.21,22
5.37-39



B. Proclamação da mensagem




2

13.3-9,18-23
4.1-9;13.20
8.4-15



C. Crescimento da verdade no mundo
3


4.26-29


4

13.31-32
4.30-32
13.18-19



D. Corrupção da mensagem e da obra de Deus
5

13.33

13.20-21

6

13.24-30




II. A SALVAÇÃO E O PERDÃO DOS PECADOS
7

18.12-14

15.3-7

8



15.11-32

9



15.8-10

10



18.9-14

11

21.28-32



12

13.44



13

13.45,46



14

22.1-14



15



14.16-24

16



13.6-9

17



13.23-30

18




10.1-10
19




10.11-18
20

12.43-45

11.24-26

21

6.22,23

11.34-36

22

7.13,14



23

7.24-27

6.46-49


III. O TRATAMENTO DE CRISTO

24

21.33-41
12.1-9
20.9-16

25

21.42-46
12.10,11
20.17-19


IV. A COMUNHÃO COM DEUS

A. Oração
26



11.5-8

27



18.1-8



B. O Relacionamento de Cristo com seus discípulos
28


2.19,20
5.34,35



C. Comunhão e alimento espiritual



29




15.1-11


D. O suprimento das necessidades temporais
30



12.16-21


V. TESTEMUNHO OU DISCIPULADO
31



14.28-30

32



14.31-32

33

5.13
9.50
14.34,35

34

5.15
4.21
8.16,17

35

5.29,30
9.43,45


36


4.21-25
8.16-18


VI. O RELACIONAMENTO COM OUTROS

A. Espírito generoso




37

18.23-35





B. Sociabilidade




38



10.30-37


VII. AS RECOMPENSAS

39

20.1-16




VIII. A VOLTA DE CRISTO
40



12.35-38

41

24.45-51

12.42-48

42


13.34-37


43



16.1-9

44

24.32-35
13.28-31
21.29-33


IX. O JUÍZO
45

13.47-50



46



19.11-27

47

25.14-30



48

25.1-13



49



16.19-31





Fonte:
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
Dicionário Bíblico Wydiffe