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USO DO DINHEIRO

No livro de Provérbios, há algumas instruções práticas quanto ao uso do dinheiro, embora às vezes sejam conselhos que preferíamos não ouvir. É mais confortável continuar em nossos hábitos do que aprender como usar o dinheiro mais sabiamente.

Seja generoso em dar.

“Ao que distribui mais se lhe acrescenta, e ao que retém mais do que é justo, é para a sua perda. A alma generosa prosperará e aquele que atende também será atendido” (11:24,25).
Nem todo tipo de doação leva a um acréscimo. A doação descuidada costuma causar dano tanto a quem dá quanto a quem recebe. Mas o empreendimento amoroso e refletido de usar os recursos pessoais para aliviar o sofrimento e ajudar os necessitados leva riqueza a ambos os lados. Quanto mais recursos o doador usa para ajudar, mais ele recebe. Reter mais do que é correto tende a provocar pobreza, tanto espiritual quanto material.

“O que vê com bons olhos será abençoado, porque dá do seu pão ao pobre” (22:9).

Quem semeia generosidade colhe bênçãos (2Coríntios 5:11).

Coloque as necessidades das pessoas à frente do lucro.

“Ao que retém o trigo o povo amaldiçoa, mas bênção haverá sobre a cabeça do que o vende” (11:26).

Em tempos de escassez, alguns retêm os alimentos até o preço aumentar o suficiente para obterem lucro excessivo, à custa de seus semelhantes. É claro que essas pessoas são odiadas e amaldiçoadas pelos que sofrem em decorrência dessas atividades (veja Amós 8:4-7).
Além disso, os que rompem com os preços elevados artificialmente e vendem pelo preço normal são amados e abençoados.
O trabalho de José no Egito foi feito em prol do povo, bem como do rei. Acumuladores como José são bem-vindos em qualquer tempo de escassez.

Tenha cautela quanto a servir como fiador.


“O homem falto de entendimento compromete-se, ficando por fiador na presença do seu amigo” ( 17:18).

O costume de ter um fiador parece ser comum desde tempos antigos, Jó clamou por um fiador (Jó 17:3). Judá se ofereceu para ser responsável por Benjamim duas vezes (Gênesis 43:9; 44:33).

“Não estejas entre os que se comprometem, e entre os que ficam por fiadores de dívidas, pois se não tens com que pagar, deixarias que te tirassem até a tua cama de debaixo de ti?” (22:26,27).

Comparar com Provérbios 6:1; 11:15; 17:18; 20:16.

Não aceite subornos.

“O ímpio toma presentes em secreto para perverter as veredas da justiça” (17:23).

O suborno de qualquer tipo faz pecar tanto quem o dá quanto quem o recebe. A Bíblia tem muito a dizer contra esta prática perversa, que tende a tornar o rico ainda mais rico e o pobre cada vez mais pobre (ver Êxodo 23:8; Deuteronômio 16:19; Isaías 1:23).

Ajude os pobres.

“Ao SENHOR empresta o que se compadece do pobre, ele lhe pagará o seu benefício” (19:17).

O cuidado com os pobres, em contraste com a negligência praticada sem remorso pelas ouras nações, é evidência da revelação divina aos israelitas.
É notável o pensamento de que esse cuidado faz de Deus nosso devedor. Esta ideia está de acordo com a afirmação feita por Cristo que considera o auxílio aos pobres um serviço pessoal a Ele (Mateus 25:40).

“O que tapa o seu ouvido ao clamor do pobre, ele mesmo também clamará e não será ouvido” (21:13).

O comportamento insensível pode trazer retribuição nessa vida e, com certeza, será lembrado no juízo vindouro (ver Provérbios 14:21; Mateus 18:23-25; 25:41-46; Lucas 6:38; Tiago 2:13).

Guarde para o futuro.

“Tesouro desejável e azeite há na casa do sábio, mas o homem insensato os esgota” (21:20).

O crédito fácil em levado muitos a viver à beira da falência. O desejo de manter as aparências e consumir mais leva as pessoas a gastar cada centavo que ganham e a usar seu crédito até o limite. Mas o que gasta tudo o que tem consome mais do que pode dispor. Uma pessoa sábia separa uma parte de seu dinheiro para os imprevistos. Deus aprova a precaução e a moderação. Aqueles que buscam a Deus precisam examinar seu estilo de vida, para verificar se seus gastos são supérfluos ou não. O desperdício não agrada a Deus.

Seja cuidadoso ao tomar emprestado.

“O rico domina sobre os pobres e o que toma emprestado é servo do que empresta” (22:7).

Isso não significa que nunca devemos fazer empreendimentos, mas é uma advertência a nunca tomarmos um empréstimo sem examinar cuidadosamente nossa capacidade de pagá-lo.
Um empréstimo que pode ser ressarcido é de grande auxílio; mas o que não pode nos condena à escravidão. Quem toma emprestado deve saber que, até que pague o que deve, será servo do indivíduo ou da instituição que concedeu o empréstimo.


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