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PAARAI

“O arbita” e um dos valentes de Davi (2 Samuel 23:35); também chamado Naarai (1 Crônicas 11:37).

PAATE-MOABE

Uma pessoa cujos descendentes regressaram do cativeiro e que ajudaram na reconstrução de Jerusalém (Esdras 2:6; 8:4; 10:30).

PAGIEL

Príncipe da tribo de Aser (Números 1:13) no deserto.

PALTI

1.Um dos espias, representante da tribo de Benjamim (Números 13:9).

2.Filho de Laís, que era natural de Galim (1 Samuel 25:44). O mesmo que Paltiel (2 Samuel 3:15). Mical, a mulher de Davi, foi-lhe dada como esposa.

PALTIEL

O príncipe de Issacar que ajudou a “repartir a terra por herança” (Números 34:26).

PALTITA

Designação de um dos valentes de Davi (2 Samuel 23:26); também é chamado pelonita (1 Crônicas 11:27).

PALU

Segundo filho de Rúben (1 Crônicas 5:3; Gênesis 46:9; Êxodo 6:14). Era o pai dos paluitas (Números 26:5, 8).

PARMASTA

Filho de Hamã, morto em Susã (Ester 9:9).

PARMENAS

Um dos sete “diáconos” (Atos 6:5).

PARSANDATA

O filho mais velho de Hamã, morto em Susã (Ester 9:7).

PARUÁ

Pai de Jeosafá, nomeado para fornecer mensalmente alguns suprimentos a Salomão. Era da tribo de Issacar (1 Reis 4:17).

PASAQUE

Um dos filhos de Jaflete, da tribo de Aser ( 1 Crônicas 7:33).

PASUR

1.Pai de Gedalias.

2.Um sacerdote enviado pelo rei Zedequias ao profeta Jeremias para que este consultasse a Deus (Jeremias 21:1; 38:1-6). Aconselhou a que o profeta fosse morto.

3.Filho de Imer (provavelmente a mesma pessoa que Amarias - Neemias 10:3; 12:2), chefe de uma das turmas sacerdotais. Foi “o presidente (Heb. paqid nagid, que significa “governador substituto) do templo” (Jeremias 20:1, 2). Nesta altura, o najid, ou “governador”, do templo era Seraías, o sumo sacerdote (1 Crônicas 6:14) e Pasur era o seu paqid, ou “delegado”. Furioso com a clareza com que Jeremias proferiu os seus solenes avisos sobre os julgamentos que estavam para vir, por causa da muita iniqüidade daqueles tempos, Pasur ordenou que a polícia do templo o prendesse. Depois de lhe infligirem um castigo corporal (quarenta chicotadas menos uma, Deuteronômio 25:3, comparar com 2 Coríntios 11:24), Jeremias foi colocado no cepo, na porta de Benjamim, onde permaneceu durante toda a noite. Quando o libertaram de manhã, Jeremias foi ter com Pasur (Jeremias 20:3,5) e disse-lhe que Deus tinha mudado o seu nome para Magor-Missabibe, i.e., “terror por todo o lado.” O castigo que caiu sobre ele foi provavelmente por causa do remorso, ao ver a ruína que trouxera ao país, depois de ter aconselhado uma aliança mais próxima com o Egito, opondo-se aos conselhos de Jeremias (Jeremias 20:4-6). Foi levado cativo para Babilônia, onde morreu.

PATROBAS

Um cristão de Roma a quem Paulo envia as suas saudações (Romanos 16:14).

PAULO

Nasceu mais ou menos na mesma altura que Cristo. O seu nome da circuncisão era Saulo e provavelmente foi-lhe também dado na infância o nome de Paulo “para que o usasse no mundo gentílico”, assim como “Saulo” seria o nome hebraico. Era natural de Tarso, a capital da Cilícia, uma província romana, a sudeste da Ásia Menor. Esta cidade ficava nas margens do Rio Cidro, que era navegável até aqui, formando-se, assim, um vasto centro de tráfego comercial com muitos países ao longo das praias mediterrânicas e também com países da Ásia Menor Central. Tornou-se, deste modo, numa cidade que se distinguiu pela riqueza dos seus habitantes.

Tarso era também a sede de uma famosa universidade com uma reputação ainda maior do que as universidades de Atenas e Alexandria, as outras universidades que existiam na altura. Aqui nasceu Saulo e aqui passou a sua juventude, sem dúvida gozando da melhor educação que a sua cidade natal podia oferecer. O seu pai pertencia à fação judaica mais estrita - os Fariseus. Era da tribo de Benjamim, de sangue judeu puro e não misturado (Atos 23:6; Filipenses 3:5). Nada sabemos sobre a sua mãe; mas existem razões para concluir que ela era uma mulher pia e que exerceu toda a sua influência materna na moldagem do caráter do seu filho. É isso que, mais tarde, ele pôde dizer de si próprio: que, desde a sua infância, era “segundo a justiça que há na lei, irrepreensível” (Filipenses 3:6).

Lemos sobre a sua irmã e o filho desta (Atos 23:16) e sobre outros familiares (Romanos 16:7,11,12). Embora judeu, o seu pai era um cidadão romano. Não se sabe como conseguiu este privilégio. “Pode ser comprado, ou ganho através de serviços notáveis para o Estado, ou adquirido de várias outras maneiras; de qualquer maneira, o seu filho nascera livre. Era um privilégio valioso e que se provou ser muito útil para Paulo, embora talvez não da maneira que o seu pai imaginara.” Talvez a carreira mais natural para ele seguir fosse a de mercador. “Mas ficou decidido que… ele deveria ir para a universidade e tornar-se um rabi, ou seja, um ministro, um professor e um advogado, tudo congregado sob um único título.”

De acordo com o costume judeu, contudo, ele aprendeu um ofício, antes de entrar propriamente na preparação mais direta para aquela sagrada profissão. O ofício em que se formou foi o de fazer tendas a partir de tecidos de pele de cabra, um ofício que era muito comum em Tarso.

Tendo-se completado a sua educação preliminar, Saulo foi enviado, quando tinha cerca de treze anos, para a grande escola judaica relacionada com a instrução sagrada, em Jerusalém, como estudante da lei. Foi aluno do aclamado Rabi Gamaliel e lá passou muitos anos num estudo elaborado das Escrituras e das muitas questões relacionadas com elas e com as quais os rabis se exercitavam. Durantes estes anos de estudo diligente, ele viveu “em toda a boa consciência”, sem se deixar corromper por qualquer dos vícios daquela grande cidade.

Quando terminou os estudos, ele terá deixado Jerusalém e voltado para Tarso, onde é provável que, por alguns anos, se tenha envolvido em algo relacionado com a sinagoga. Volta a Jerusalém pouco depois da morte de Cristo. Aí, inteira-se dos pormenores relacionados com a crucificação e o nascimento da nova seita dos “Nazarenos”.

Durante os dois anos a seguir ao Pentecostes, o Cristianismo foi calmamente espalhando a sua influência em Jerusalém. Estêvão, um dos sete diáconos, deu um testemunho público mais aguerrido de que Jesus era o Messias e isto conduziu a uma maior excitação entre os judeus e a uma maior disputa nas suas sinagogas. Estêvão e os seguidores de Cristo foram perseguidos e Saulo teve, nessa altura, um papel proeminente. Nesse momento, era provável que ele fosse membro do Grande Sinédrio e se tivesse tornado num líder ativo na furiosa perseguição, através da qual os governantes procuravam exterminar os Cristãos.

Mas o objetivo desta perseguição também falhou. “Os que fugiram, iam por todo o lado pregando o Evangelho.” A fúria do perseguidor foi, desse modo, ainda mais estimulada. Ouvindo que alguns fugitivos se tinham refugiado em Damasco, ele obteve do sumo sacerdote cartas que o autorizariam a perseguir esses cristãos. Era uma viagem de 208 Kms e que duraria talvez seis dias. Durante esse tempo, ele e os seus ajudantes caminharam com um passo firme, “respirando ameaças e morte.” Mas a crise da sua vida estava ali à mão. Ele chegara ao último estádio da sua viagem e Damasco já aparecia no horizonte. Saulo e os seus companheiros continuaram mas foram rodeados por uma luz brilhante. Saulo caiu por terra, aterrorizado. Uma voz soou aos seus ouvidos: “Saulo, Saulo, porque me persegues?” O Salvador ressuscitado ali estava, vestido com o traje da sua humanidade glorificada. Em resposta à ansiosa pergunta do perseguidor atingido, ‘Quem és tu, Senhor?’, Ele respondeu: “Eu sou Jesus a quem tu persegues” (Atos 9:5; Atos 22:8; 26:15).

Este foi o momento da sua conversão, o mais solene da sua carreira. Cego por causa da luz ofuscante (Atos 9:8), os seus companheiros conduziram-no para a cidade onde, absorto em profundos pensamentos durante três dias, ele não bebeu nem comeu (Atos 9:11). Ananias, o discípulo que vivia em Damasco, foi informado, através de uma visão, da mudança que ocorrera na vida de Saulo e foi enviado para lhe devolver a vista e batizá-lo na igreja de Cristo (Atos 9:11), talvez para o “Sinai da Arábia,” provavelmente com o propósito de estudar e meditar na maravilhosa revelação que lhe fora feita. “Um véu de profunda escuridão paira sobre a sua visita à Arábia. Nada se sabe dos locais por onde andou, dos pensamentos e ocupações em que se envolveu enquanto lá esteve, nem das circunstâncias da crise que deve ter modelado todo o curso da sua vida posterior. Diz Paulo: “Imediatamente me dirigi à Arábia.” O historiador passa por cima deste incidente (comparar com Atos 9:23 e 1 Reis 11:38, 39). É uma pausa misteriosa, um momento de suspense na história do apóstolo, uma calma que precede a tumultuosa tempestade que foi a sua ativa vida missionária.” Voltado, depois de três anos, a Damasco, ele começou a pregar o Evangelho “ousadamente no nome de Jesus” (Atos 9:27) mas logo foi obrigado a fugir (Atos 9:25; 2 Coríntios 11:33) dos judeus e a refugiar-se em Jerusalém. Ali ele se demorou durante três semanas mas foi novamente forçado a fugir (Atos 9:28,29) da perseguição. Volta à sua Tarso natal (Gálatas 1:21) onde, durante provavelmente cerca de três anos, o perdemos de vista. Ainda não chegara o tempo em que ele deveria iniciar o seu trabalho de pregação do Evangelho aos gentios.

Com o tempo, a cidade de Antioquia, a capital da Síria, tornou-se no cenário de uma grande atividade cristã. Aí, o Evangelho andou firmemente pelo seu próprio pé e a causa de Cristo prosperou. Barnabé, que fora enviado de Jerusalém para Antioquia, a fim de aí superintender toda a obra, viu que era trabalho demais para si e, lembrando-se de Saulo, dirigiu-se a Tarso à sua procura. Saulo respondeu prontamente ao chamado que lhe foi dirigido e foi para Antioquia que, durante “um ano inteiro” se tornou no centro dos seus trabalhos, tendo sido coroado de êxito. Os discípulos foram aí chamados “cristãos” pela primeira vez (Atos 11:26).

A igreja de Antioquia propôs-se, então, a enviar missionários aos gentios e Saulo e Barnabé, com João Marcos como auxiliar, foram os escolhidos. Esta foi uma época áurea na história da igreja. Os discípulos deram real cumprimento à ordem do Mestre: “Ide a todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura.”

Os três missionários partiram para a sua primeira viagem missionária. Saíram de Seleucia, o porto de Antioquia e passaram por Chipre, que ficava a cerca de 128 Kms a sudoeste. Em Pafos, Sérgio Paulo, o procônsul romano, converteu-se, Saulo assumiu o comando e passou a ser conhecido por Paulo. Os missionários dirigiram-se depois para o continente e percorreram 10 ou 11 Kms pelo Rio Cestro acima até Perge (Atos 13:13), onde João Marcos abandonou a obra que faziam e voltou para Jerusalém. Os dois homens percorreram depois mais cerca de 160 Km, passando pela Panfília, pela Pisídia e por Licaônia. As três cidades mencionadas fazem parte da Antioquia da Pisídia, onde Paulo pronunciou o seu primeiro sermão (Atos 13:16-51; comparar com Atos 10:30-43). Passaram também por Icónio, Listra e Derbe. Voltaram, depois, pelo mesmo caminho, a fim de visitarem e encorajarem os conversos e ordenarem anciães em cada cidade, para que velassem pelas igrejas que se tinham formado. De Perge, foram diretamente para Antioquia, de onde tinham partido.

Depois de aí permanecerem “durante muito tempo”, provavelmente até 50 ou 51 d.C. surgiu uma grande controvérsia na igreja por causa da relação dos gentios com a lei mosaica. Com o propósito de resolverem esta questão, Paulo e Barnabé foram enviados como delegados, a fim de consultarem a Igreja em Jerusalém. O Concílio ou Sínodo que aí se reuniu (Atos 15), decidiu-se contra a ala judaizante; e os delegados, acompanhados por Judas e Silas, voltaram a Antioquia, levando consigo o decreto do Concílio.

Após uma pequena pausa em Antioquia, Paulo disse a Barnabé: “Vamos visitar novamente os nossos irmãos em todas as cidades onde pregamos o Evangelho do Senhor e vejamos como eles estão.” Marcos propôs-se a acompanhá-los; mas Paulo recusou-se a deixá-lo ir. Barnabé estava resolvido a levar Marcos e, assim, ele e Paulo tiveram uma grande discussão. Acabaram por se separar e nunca mais se encontraram. Paulo, contudo, mais tarde, fala de Barnabé com respeito e pede a Marcos que venha ter com ele a Roma (Colossenses 4:10; 2 Timóteo 4:11).

Paulo leva Silas consigo, em vez de Barnabé e inicia a segunda viagem missionária em 51 DC. Desta vez foi por terra, revisitando as igrejas que já tinha fundado na Ásia. Mas ele ansiava por pregar em “regiões mais distantes” e ainda foi até à Frígia e à Galácia (Atos 16:6). Contrariamente às suas intenções, ele foi obrigado a permanecer na Galácia por causa de uma “fraqueza da carne” (Gálatas 4:13,14). A Bitínia, uma populosa província nas margens do Mar Negro, estava agora no seu horizonte e Paulo desejou lá ir; mas foi-lhe vedado o caminho, pois o Espírito o guiou noutra direção. Dirigiu-se às margens do Egeu e chegou a Troas, na costa noroeste da Ásia Menor (Atos 16:8). Da viagem entre Antioquia e Troas não existe qualquer registro, a não ser algumas referências que lhe são feitas na Epístola de Gálatas (Atos 4:13).

Enquanto esperava em Troas pelas indicações de Deus quanto ao que deveria fazer a seguir, ele teve uma visão de um homem natural da Macedônia. Este apareceu perante ele e disse-lhe: “Passa à Macedônia e ajuda-nos” (Atos 16:9). Paulo reconheceu na visão uma mensagem de Deus. Passou por Helesporto, que o separava da Europa e levou as novas do Evangelho até ao mundo ocidental. Na Macedônia, abriu igrejas em Filipos, Tessalônica e Bereia. Deixando esta província, Paulo seguiu para Acaia, “o paraíso das pessoas de renome e gênio.” Chegou a Atenas mas partiu depois de uma breve estadia (Atos 17:17-31). Os atenienses receberam-no com um frio desdém e ele não visitou mais a cidade. Seguiu para Corínto, a sede do governo romano na Acaia e aí permaneceu durante um ano e meio, sendo bastante bem sucedido. Enquanto lá esteve, escreveu as suas duas epístolas à igreja de Tessalônica, as suas primeiras cartas apostólicas e depois viajou para a Síria, a fim de conseguir chegar a tempo da realização da festa do Pentecostes, em Jerusalém. Estava acompanhado por Áquila e Priscila, que ficaram em Éfeso, onde ele chegou após uma viagem de treze ou quinze dias. Aportou em Cesaréia e dirigiu-se a Jerusalém. Tendo “saudado a Igreja” que ali se encontrava, festejou o Pentecostes e partiu para Antioquia, onde permaneceu “por algum tempo” (Atos 18:20-23).

Iniciou, então, a sua terceira viagem missionária. Viajou por terra, percorrendo as “regiões superiores” (as regiões mais orientais) da Ásia Menor e chegando a Éfeso, onde ficou durante três anos, envolvido constantemente na obra de Deus. “Esta cidade era, naquele tempo, a Liverpool do Mediterrâneo. Possuía um porto esplêndido, onde se concentrava todo o tráfico marítimo, sendo, também, uma importante via marítima para todo o mundo; e, assim como Liverpool tem à sua volta as grandes cidades do condado de Lancashire, também Éfeso tinha a rodeá-la as cidades que são mencionadas, juntamente com ela própria, no livro de Apocalipse: Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardo, Filadélfia e Laodiceia. Era uma cidade muito rica e dada a toda a espécie de prazer, sendo famosa pelos seus teatros e hipódromos.” Ali se lhe abre uma porta bem eficaz. Os seus auxiliares ajudaram-no na sua obra, levando o Evangelho até Colosso e Laodiceia e a outros lados onde conseguiram chegar.

Pouco depois da sua partida de Éfeso, o apóstolo escreveu a sua Primeira Epístola aos Coríntios. Os ourives que trabalhavam a prata e faziam pequenas imagens, sentiram-se em perigo e organizaram um motim contra Paulo. Este saiu da cidade e seguiu para Troas (2 Coríntios 2:12), donde partiu para se encontrar com Tito na Macedônia. Aqui, em conseqüência do relatório que Tito lhe trouxera de Corínto, ele escreveu a sua Segunda Epístola àquela igreja. Tendo passado, provavelmente, a maior parte do Verão e do Outono na Macedônia visitando aí as igrejas, especialmente as de Filipos, Tessalônica e Bereia, talvez até penetrando mais para o interior, até às margens do Adriático (Romanos 15:19), dirigiu-se à Grécia, onde permaneceu durante três meses, passando talvez a maior parte do seu tempo em Corínto (Atos 20:2). Durante a sua permanência na cidade, escreveu a sua Epístola aos Gálatas e também a grande Epístola aos Romanos. Três meses depois, deixou a Acaia e foi para a Macedônia, passando pela Ásia Menor e chegando a Mileto, onde discursou para os prebisteros efésios, a quem ele mandara dizer que desejava reunir-se com eles (Atos 20:17). Viajou depois para Tiro, chegando finalmente a Jerusalém, talvez na primavera de 58 d.C.

Enquanto esteve em Jerusalém, na festa do Pentecostes, quase foi morto pelos judeus, no templo. Salvo daquela violência pelo comandante romano, foi levado como prisioneiro para Cesaréia onde, por diversas razões, ele ficou detido durante dois anos no pretório de Herodes (Atos 23:35). “Paulo não foi mantido em total reclusão; ele tinha, pelo menos, a fileira de barracas onde estava detido. Podemos imaginá-lo a percorrer as plataformas que o levavam até ao Mediterrâneo e a olhar melancolicamente por sobre as águas na direção da Macedônia, da Acaia e de Éfeso, onde os seus filhos espirituais se sentiam quebrantados por causa dele, ou talvez se deparassem com perigos e, desse modo, precisassem desesperadamente da sua presença. Foi uma providência misteriosa que assim salvaguardou as suas energias e condenou o ardente obreiro à inatividade, embora nós agora possamos ver qual a razão para que tal acontecesse. Paulo necessitava de descanso. Após 22 anos de incessante evangelização, ele precisava de tempo livre para recolher a colheita da experiência… Durante estes dois anos, ele nada escreveu; foi um tempo de atividade mental e de um progresso silencioso.”

Ao fim desses dois anos, Pórcio Festo sucedeu a Félix no governo da Palestina e o apóstolo foi novamente ouvido por ele. Mas julgando ter o direito de reclamar o privilégio de um cidadão romano, ele apelou para o imperador (Atos 25:11). Tal apelo não podia ser passado por alto e Paulo foi enviado para Roma, à guarda de um tal Júlio, um centurião da “Corte Augusta.” Após uma longa e perigosa viagem, ele acabou por chegar à cidade imperial provavelmente no princípio da primavera de 61 DC. Aqui, foi-lhe permitido que ocupasse a sua própria casa alugada, sob constante custódia militar. Este privilégio foi-lhe concedido, sem dúvida, porque ele era um cidadão romano e, por isso, não poderia ser preso sem antes ter sido julgado. Os soldados que guardavam Paulo eram mudados freqüentemente e, assim, ele teve oportunidade de pregar o Evangelho a muitos deles durante esses “dois anos inteiros”, obtendo a bênção de ver o interesse pelo Evangelho espalhar-se por entre a guarda imperial e até mesmo chegar à casa de César (Filipenses 1:13). Ele era procurado tanto por judeus como por gentios (Atos 28:23, 30, 31) e, deste modo, o seu encarceramento “tornou-se num meio de propagação do Evangelho” e a sua “casa alugada” transformou-se no centro de uma influência piedosa que se espalhou por toda a cidade. De acordo com a tradição judaica, a casa estava situada perto do atual bairro de residência obrigatória para os judeus, que tem sido o bairro judeu em Roma desde os tempos de Pompeu até aos dias de hoje. Durante este período, o apóstolo escreveu as suas Epístolas aos Colossenses, aos Efésios, aos Filipenses, a Filemon e provavelmente aos Hebreus.

O primeiro encarceramento terá chegado ao fim e Paulo foi declarado inocente, talvez porque não surgiram testemunhos contra ele. Mais uma vez ele voltou à sua obra missionária, indo visitar a Europa Ocidental e Oriental e a Ásia Menor. Durante este período de liberdade, ele escreveu a sua Primeira Epístola a Timóteo e a Epístola de Tito. O ano da sua libertação coincidiu com o incêndio de Roma, que Nero achou conveniente atribuir aos cristãos. Paulo é preso e é mais uma vez levado para Roma como prisioneiro. Durante este encarceramento, terá escrito a Segunda Epístola a Timóteo, a última que ele escreveu. “Não poderá haver grandes dúvidas sobre o fato de ele ter comparecido novamente no tribunal de Nero e de, desta vez, ter sido considerado culpado. Em toda a história, não pode haver mais aterradora ilustração da ironia da vida humana do que a cena de Paulo perante o tribunal de Nero. No julgamento, vestido de púrpura, estava um homem que, num mundo perverso, atingira a fama de ser o pior e o mais malvado ser que existia, um homem maculado com todos os crimes, um homem cujo ser estava tão impregnado de todos os vícios imagináveis e inimagináveis, que o seu corpo e a sua alma eram, tal como disse alguém naquele tempo, nada mais do que um conjunto de lama e sangue; e no banco dos acusados estava o melhor homem que o mundo conheceu, os seus cabelos encanecidos pelos trabalhos que realizara para o bem dos homens e para a glória de Deus. O julgamento terminou: Paulo foi condenado e entregue ao carrasco. Foi levado para fora da cidade, levando atrás de si a população mais baixa. Chegaram ao local fatal; ele ajoelhou-se ao lado do tronco; o machado do carrasco brilhou ao sol e caiu; e a cabeça do apóstolo do mundo rolou na poeira” (provavelmente em 66 d.C.), quatro anos antes da queda de Jerusalém.

PECA

Filho de Remalias, um capitão do exército de Pecaías, rei de Israel, que ele matou com a ajuda de um bando de gileaditas, tendo-lhe sucedido no trono em 758 a.C. (2 Reis 15:25). Dezessete anos depois, ele fez uma aliança com Rezim, rei da Síria e, juntamente com ele, cercou Jerusalém (2 Reis 15:37; 16:5). Mas Tiglath-Pileser, que mantinha uma aliança com Acaz, rei de Judá, veio contra Peca e levou cativos a muitos dos habitantes do seu reino (2 Reis 15:29). Este foi o início do “cativeiro”. Pouco depois disto, Peca foi morto por Oséias, filho de Elá, que usurpou o trono (2 Reis 15:30; 16:1-9; comparar com Isaías 7:16; 8:4; 9:12). Alguns supõem que ele é o “pastor” mencionado em Zacarias 11:16.

PECAÍAS

Filho e sucessor de Menaem no trono de Israel. Foi morto no palácio real de Samaria por Peca, um dos capitães do seu exército (2 Reis 15:23-26), após um reinado de dois anos (761-759 a.C.). Ele “fez o que era mau aos olhos do Senhor”.

PEDAEL

Filho de Amijude, um príncipe de Naftali (Números 34:28).

PEDAÍAS

1.Pai de Zorobabel (1 Crônicas 3:17-19).

2.Pai de Joel, chefe da meia tribo de Manassés (1 Crônicas 27:20).

3.Um levita (Neemias 8:4).

4.Pai de Zebida, a mulher de Josias e mãe do rei Jeoiaquim (2 Reis 23:36).

5.Um levita (Neemias 13:13).

6.Um benjamita (Números 11:7).

PEDAZUR

Pai de Gamaliel e príncipe de Manassés no tempo do êxodo (Números 1:10; 2:20).

PEDRO

Chamava-se, originalmente, Simão (= Simeão, i.e., “ouvido”), um nome judaico muito comum no Novo Testamento. Era filho de Jonas (Mateus 16:17). A sua mãe não é mencionada nas Escrituras. Tinha um irmão mais novo chamado André, que foi quem primeiro o levou a Jesus (João 1:40-42). Era natural de Betsaida, uma cidade situada na costa ocidental do Mar da Galiléia e de onde Filipe também era natural. Foi educado ali junto às margens do Mar da Galiléia e foi-lhe ensinado o ofício de pescador. É provável que o seu pai tivesse morrido quando ele era ainda jovem, tendo Zebedeu e a sua mulher Salomé tomado conta dele (Mateus 27:56; Marcos 15:40; 16:1). Aí passaram Simão, André, Tiago e João a sua meninice e juventude na companhia uns dos outros. Simão e o seu irmão gozaram de todas as vantagens de uma boa educação religiosa, tendo sido precocemente instruídos no conhecimento das Escrituras e das profecias relacionadas com a vinda do Messias. É provável, contudo, que não tivessem tido qualquer instrução especial no que dizia respeito à lei sob a tutela de qualquer um dos rabis. Quando Pedro foi levado perante o Sinédrio, foi visto como um “homem sem letras e indouto” (Atos 4:13).

“Simão era galileu e era-o de alma e coração… Os galileus tinham um caráter vincado e muito próprio. Tinham a reputação de serem independentes e enérgicos, o que, por vezes, os fazia parecerem turbulentos. Eram muito mais francos e transparentes do que os seus irmãos do sul. Relativamente a todos estes aspectos - franqueza, impetuosidade, arrebatamento e simplicidade - Simão era um galileu genuíno. Os galileus falavam um dialeto muito peculiar. Tinham dificuldade em pronunciar sons guturais e mais alguns outros e a sua pronúncia era considerada desagradável na Judéia. O sotaque galileu perseguiu Simão durante toda a sua vida e denunciou-o como discípulo de Jesus, quando estava no átrio do tribunal (Mateus 14:70). Denunciou também a sua nacionalidade e a dos que estavam com ele no dia do Pentecostes (Atos 2:7). “Já era casado antes de se tornar apóstolo. É-nos mencionada a mãe da sua mulher (Mateus 8:14; Marcos 1:30; Lucas 4:38). É provável que a sua mulher o tivesse acompanhado durante as suas viagens missionárias (1 Coríntios 9:5; comparar com 1 Pedro 5:13).

Estava vivendo em Cafarnaum, quando Cristo iniciou o seu ministério público e já passava dos trinta anos. A sua casa era suficientemente grande para albergar o seu irmão André, a sua sogra e também Cristo, que parece ter vivido com ele (Marcos 1:29, 36; 2:1), assim como a sua própria família. Era uma casa de dois pisos (Marcos 2:4).

Em Betânia, para além do Jordão, João Batista dava o seu testemunho relativamente a Jesus, apelidando-o de o “Cordeiro de Deus” (João 1:29-36). Quando João e André ouviram isto, seguiram Jesus e procuraram saber onde ele morava. Ficaram convencidos de que Ele era o Messias, por causa das graciosas palavras que Cristo pronunciou e da autoridade com que falou (Lucas 4:22; Mateus 7:29); e André foi procurar Simão, trazendo-o a Jesus (João 1:41).

Jesus logo aceitou Simão e declarou que, daí em diante, ele passaria a chamar-se Cefas, o nome aramaico que correspondia ao grego Petrus, que significa “um pedaço de pedra tirado da Rocha Viva”. O nome aramaico não volta a aparecer e o nome Pedro substitui gradualmente o antigo nome Simão, embora o Senhor use o nome Simão quando fala com ele (Mateus 17:25; Marcos 14:37; Lucas 22:31; comparar com Lucas 21:15-17). Não nos é dita qual a impressão que a primeira entrevista com Jesus produziu na mente de Pedro. Vamos encontrá-lo depois junto ao Mar da Galiléia (Mateus 4:18-22). Aí, os quatro (Simão, André, Tiago e João) tinham tido uma fraca noite de pesca. Jesus apareceu de repente e, subindo para o barco de Simão, ordenou-lhe que lançasse as redes. Ele assim o fez, apanhando muitos peixes. Foi um milagre feito perante Simão. O aterrado discípulo lançou-se aos pés de Jesus, dizendo: “Senhor, ausenta-te de mim, que sou um homem pecador” (Lucas 5:8). Jesus dirigiu-se-lhe com palavras que transmitiam segurança: “Não temas, de agora em diante serás pescador de homens.” Simão respondeu imediatamente ao chamado, tornando-se discípulo, após o que o vemos a dar uma assistência constante ao Senhor.

É depois chamado para o apostolado e torna-se “pescador de homens” (Mateus 4:19) nos tempestuosos mares do mundo da vida humana (Mateus 10:2-4; Marcos 3:13-19; Lucas 6:13-16) e tem, cada vez mais, um papel proeminente em todos os acontecimentos importantes da vida de Cristo. É ele que profere aquela notável profissão de fé em Cafarnaum (João 6:66-69) e novamente em Cesaréia de Filipo (Mateus 16:13-20; Marcos 8:27-30; Lucas 9:18-20). Esta última foi de grande importância e como resposta, o Senhor usa estas palavras memoráveis: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja.”

“Desde então,” Jesus começou a falar dos seus sofrimentos. Pedro repreendeu-o por isso. Mas o Senhor, por sua vez, repreende-o também, usando palavras ásperas e que nunca usara com nenhum dos outros discípulos (Mateus 16:21-23; Marcos 8:31-33). Perto do fim da sua breve estadia em Cesaréia, o Senhor levou Pedro, Tiago e João até uma alta montanha e transfigurou-se perante eles. Pedro, sob o peso da impressão que aquela cena produzira na sua mente, exclamou: “Senhor, bom é estarmos aqui: se queres, façamos três tabernáculos” (Mateus 17:1-9).

Ao regressar a Cafarnaum, os coletores das taxas do templo (um didracma, metade de um siclo sagrado) - taxa essa que todos os maiores de 20 anos tinham que pagar - vieram ter com Pedro e lembraram-no de que Jesus ainda não a tinha pago (Mateus 17:24-27). O Senhor disse a Pedro que fosse apanhar um peixe no lago e que da sua boca tirasse a quantia exata para pagar a taxa - um estáter, ou dois meio siclos. “Toma-as,” disse o Senhor, “e paga-lhes por mim e por ti”.

À medida que o fim se aproximava, o Senhor enviou Pedro e João (Lucas 22:7-13) à cidade para que preparassem um local onde Ele pudesse celebrar a Páscoa com os seus discípulos. Aí, Pedro foi avisado com antecedência do pecado que mais tarde cometeria (Lucas 22:31-34). Acompanhou o Senhor até ao Jardim do Getsêmani (Lucas 22:39-46), onde ele e os outros dois que tinham também testemunhado a transfiguração puderam entrar com o Senhor. Os outros discípulos permaneceram ao longe. Aí ele passou por uma experiência invulgar. Sob um impulso repentino, cortou a orelha de Malco (Lucas 22:47-51), um dos que viera com o grupo que vinha prender Jesus. Seguiu de perto as cenas do julgamento de Cristo (Lucas 22:54-61), que culminaram com o seu amargo sofrimento (Lucas 22:62).

Vemo-lo na companhia de João na manhã da ressurreição. Entrou corajosamente no túmulo vazio (João 20:1-10) e “viu os lençóis ali postos” (Lucas 24:9-12). A ele, o primeiro dos apóstolos, o Senhor ressuscitado se revelou, conferindo-lhe, assim, um sinal da sua honra e mostrando-lhe o quão completamente ele fora reintegrado no Seu favor (Lucas 24:34; 1 Coríntios 15:5). Lemos depois a singular entrevista que o Senhor manteve com Pedro junto ao Mar da Galiléia, onde lhe perguntou três vezes: “Simão, filho de Jonas, amas-me?” (João 21:1-19).

Após este incidente, nada mais ouvimos dele, até que aparece com os outros na ascensão (Atos 1:15-26). Foi ele que propôs que a vaga causada pela apostasia de Judas fosse preenchida. Tem uma ação proeminente no dia do Pentecostes (Atos 2:14-40). Os eventos desse dia “completaram a mudança que se deu em Pedro e que a dolorosa experiência da sua queda e todo o processo de instrução anterior tinham já iniciado. Ele já não é mais o homem cheio de confiança própria, inconstante e instável, oscilando entre a coragem impetuosa e a timidez vacilante. Era agora um guia em quem se podia confiar, um dirigente da amizade entre os crentes, um pregador intrépido de Cristo em Jerusalém e fora dela. E agora que ele se tornara mesmo Cefas, quase não ouvimos ninguém pronunciar o nome Simão (somente em Atos 10:5, 32; 15:14) e ele passa, finalmente, a ser conhecido como Pedro”.

Após o milagre à porta do templo (Atos 3), surge a perseguição contra os crentes e Pedro é preso. Defende-se corajosamente a si e aos seus companheiros no Conselho (Atos 4:19, 20). Uma nova onda de violência contra os cristãos (Atos 5:17-21) leva todo o corpo de apóstolos para a prisão; mas, durante a noite, são maravilhosamente salvos e são vistos de manhã a pregar no templo. Mais uma vez, Pedro os defendeu perante o Conselho (Atos 5:29-32) que, “chamando os apóstolos e tendo-os açoitado, os deixou ir”.

Chegara o momento em que Pedro deveria sair de Jerusalém. Após algum tempo em Samaria, ele volta a Jerusalém e relata à igreja que aí está estabelecida os resultados do seu trabalho (Atos 8:14-25). Aí permanece durante algum tempo e conhece Paulo pela primeira vez após a sua conversão (Atos 9:26-30; Gálatas 1:18). Deixa novamente Jerusalém e parte para uma viagem missionária em Lida e Jope (Atos 9:32-43). É depois chamado a abrir a porta da igreja cristã aos gentios, através da admissão de Cornélio de Cesaréia (Atos 10).

Permaneceu algum tempo em Cesaréia, voltando depois a Jerusalém (Atos 11:1-18), onde defende a sua conduta em relação aos gentios. Voltamos a ouvir falar dele quando Herodes Agripa o coloca na prisão (Atos 12:1-19); mas, de noite, um anjo do Senhor abre as portas da prisão e ele sai, encontrando refúgio em casa de Maria.

Tomou parte nas deliberações do Conselho em Jerusalém (Atos 15:1-31; Gálatas 2:1-10) relativamente às relações dos gentios com a igreja. Este assunto despertara um novo interesse em Antioquia e foi resolvido pelo Conselho dos apóstolos e dos anciãos de Jerusalém. Paulo e Pedro encontram-se novamente aqui.

Não mais se menciona Pedro nos Atos dos Apóstolos. Parece ter ido até Antioquia após o Conselho de Jerusalém, tendo sido acusado de hipocrisia, pelo que foi severamente repreendido por Paulo (Gálatas 2:11-16), que “lhe resisti na cara”.
Depois vemo-lo a levar o Evangelho até ao leste, tendo trabalhado durante algum tempo em Babilônia, no Eufrates (1Pe 5:13). Não existem provas claras de que alguma vez tivesse estado em Roma. Não se sabe ao certo quando ou onde morreu. Teria morrido entre 64 e 67 DC.

PELAÍAS

1.Um levita que expôs a lei (Neemias 8:7).

2.Um dos da posteridade de Davi (1 Crônicas 3:24).

PELATIAS

1.Um dos 25 príncipes do povo contra quem Ezequiel profetizou, por causa do seu conselho perverso (Ezequiel 11:1-13)

2.Um capitão “dos filhos de Simeão” (1 Crônicas 4:42).

3.Filho de Hananias e neto de Zorobabel (1 Crônicas 3:21).

PELEG

Um dos filhos de Éber; é assim chamado porque “em seus dias se repartiu a terra” (Gênesis 10:25). Nasceu 102 anos após Dilúvio e viveu na altura da dispersão de Babel.

PELETE

1.Um dos filhos de Jônatas (1 Crônicas 2:33).

2.Um benjamita que se juntou a Davi em Ziclague (1 Crônicas 12:3).

3.Um descendente de Judá (1 Crônicas 2:37).

4.Um rubenita cujo filho foi um dos que conspirou contra Moisés e Aarão (Números 16:1).

PEREZ

Filho de Judá (Neemias 11:4). “Chefe de todos os capitães dos exércitos para o primeiro mês” no tempo de Davi (1 Crônicas 27:3). Quatrocentos e sessenta e oito dos seus “filhos” regressaram do cativeiro com Zorobabel, sendo ele próprio um deles (1 Crônicas 9:4; Neemias 11:6).

PERUDA

Alguém cujos descendentes voltaram com Zorobabel (Esdras 2:55); também chamada Perida (Neemias 7:57).

PETAÍAS

1.Chefe de uma das turmas sacerdotais (a 19ª) no tempo de Davi (1 Crônicas 24:16).

2.Um descendente de Judá que ocupava um cargo na corte da Pérsia (Neemias 11:24).

3.Um levita (Esdras 10:23).

PETUEL

Pai do profeta Joel (Joel 1:1).

PEULETAI

Um dos filhos de Obede-Edom, um porteiro levita (1 Crônicas 26:5).

PIRÃ

Rei de Jarmute, uma cidade real dos cananitas, que foi conquistado e morto por Josué (Josué 10:3, 23, 26).

PIRATONITA

1.Abdom, o filho de Hilel, é assim denominado (Juízes 12.13,15).

2.Benaia, o efraimita (2 Samuel 23:30), um dos trinta valentes de Davi.

PÔNCIO PILATOS

Estava provavelmente relacionado com a família romana dos Pontii e é chamado Pilatos porque esta é uma palavra que deriva da palavra latina pileatus, “que usa um pileus”, ou seja, um “boné ou distintivo de escravo emancipado”, querendo indicar que ele era um “homem livre”, ou que era descendente de um. Era o sexto na ordem dos procuradores romanos da Judéia (26-36 d.C.). O seu quartel-general encontrava-se em Cesaréia mas ele dirigia-se, por vezes a Jerusalém. O seu governo estendeu-se pelo período do ministério de João Batista e de Jesus Cristo e em ligação com o julgamento de quem ele ocupou um lugar proeminente. Pilatos era um “romano típico não dos tempos anteriores, mas do período imperial, um homem que ainda possuía algumas reminiscências da antiga justiça romana na sua alma, embora fosse amante dos prazeres, arrogante e corrupto. Odiava os hebreus, a quem governava e nos momentos de irritação, derramava sangue livremente. Eles retribuiam-lhe cordialmente o ódio e acusavam-no de toda a espécie de crimes: má administração, crueldade e roubo. Visitava Jerusalém tão raramente quanto podia; pois, na realidade, para alguém acostumado aos prazeres de Roma, com os seus teatros, banhos, jogos e uma sociedade aberta, Jerusalém, com a sua religiosidade e uma revolta sempre presente, era um lúgubre lugar para se morar. Quando lá ia, ficava no palácio de Herodes, o Grande, sendo vulgar que os oficiais, enviados por Roma para os países conquistados, ocupassem os palácios dos soberanos depostos”.

Após o seu julgamento perante o Sinédrio, Jesus foi trazido perante o procurador romano - Pilatos -, que viera a Jerusalém, como habitualmente, para manter a ordem durante a Páscoa, morando agora, provavelmente, no castelo de Antônia, ou talvez no palácio de Herodes. Pilatos encontrou-se com a delegação do Sinédrio que, em resposta às suas perguntas quanto à natureza da acusação que tinham contra Jesus, o acusaram de ser um “malfeitor”. Pilatos não ficou satisfeito com isto e eles ainda o acusaram 1) de sedição; 2) de impedir o pagamento do tributo a César e 3) de assumir o título de rei (Lucas 23:2).

Pilatos retira-se, então, com Jesus para o palácio (João 18:33) e interroga-o em privado (37, 38); e depois, voltando a dirigir-se à delegação que o esperava no portão, declara-lhes que não considera Jesus culpado de nada (Lucas 23:4). Isto só os enfurece mais e eles dizem, então, que Jesus espicaçou a população por todo o país, começando na Galiléia. Quando Pilatos ouviu falar em Galiléia, enviou o réu para Herodes Antipas, que tinha a jurisdição daquela província, esperando, assim, escapar aos problemas em que se via, desse modo, envolvido. Mas Herodes, com os seus guerreiros, não fez caso de Jesus e enviou-o novamente para Pilatos, envolto numa capa purpúrea, em tom de gozo (Lucas 23:11,12).

Pilatos, então, propôs que Cristo fosse libertado, visto que, nem ele, nem Herodes o tinham achado culpado; e imaginando que eles consentiriam, Pilatos propôs-se a retificar tal decisão (Mateus 27:19). Mas, neste momento, a sua mulher (Cláudia Prócula) enviou-lhe uma mensagem, implorando-lhe que nada tivesse que ver com aquele “Justo”. Os sentimentos de perplexidade e temor de Pilatos intensificaram-se com este incidente, enquanto a multidão gritava veementemente: “Não este homem mas Barrabás.” Pilatos perguntou: “O que farei, então, com Jesus?” Logo se seguiu o terrível grito: “Crucifica-o.” Pilatos, aparentemente vexado e sem saber o que fazer, pergunta novamente: “Porquê? Que mal fez Ele?” Mas com um fanatismo mais feroz, a multidão gritou: “Fora daqui com este! Crucifica-o! Crucifica-o!” Pilatos rendeu-se e enviou Jesus para ser chicoteado. Isto era geralmente infligido por lictores; mas como Pilatos era só um procurador, não possuía qualquer lictor e, por isso, os seus soldados infligiram a Jesus esta terrível punição. Feito isto, os soldados começaram a escarnecer do sofredor, colocando sobre ele uma capa purpúrea, talvez uma velha capa que fora posta de parte (Mateus 27:28; João 19:2) e, colocando-lhe na mão direita uma cana e uma coroa de espinhos na cabeça, inclinaram-se perante ele em tom de gozo e saudaram-no, dizendo: “Salve, Rei dos Judeus!” Pegaram, então, na cana e bateram-lhe com ela na cabeça e no rosto, cuspindo-lhe no rosto e enchendo-o de todas as indignidades.

Pilatos conduziu, depois, Jesus para o Pretório (Mateus 27:27) e colocou-o perante o povo. Cristo usava a capa purpúrea e a coroa de espinhos e Pilatos disse: “Vede este homem!” Mas ao verem Jesus, agora chicoteado, coroado e a sangrar, eles apenas demonstraram o seu ódio com mais força, gritando novamente: “Crucifica-o! Crucifica-o!” E apresentaram novas acusações contra Ele, dizendo que Cristo dizia ser “o Filho de Deus”. Pilatos ouviu esta acusação com um receio supersticioso e levando-o novamente para o Pretório, perguntou-lhe: “Donde és tu?” Jesus não lhe respondeu. Pilatos ficou furioso com o silêncio de Cristo e perguntou-lhe: “Não sabes tu que tenho poder para Te crucificar?” Jesus, com uma dignidade calma, respondeu ao romano: “Nenhum poder terias contra mim, se de cima te não fosse dado”.

Depois destes acontecimentos, Pilatos mostrou-se mais determinado em deixar Jesus partir. A multidão, ao aperceber-se disto, gritou: “Se soltas este, não és amigo de César.” Tal afirmação decidiu tudo. Pilatos temeu que o acusassem perante o imperador. Pedindo água, lavou as suas mãos à vista do povo, dizendo: “Estou inocente do sangue deste Justo”. A multidão, menosprezando os seus escrúpulos, gritou: “Que o seu sangue caia sobre nós e nossos filhos”. Pilatos, impelido pelos seus insultos, apresentou-lhes Jesus e perguntou-lhes: “Hei-de crucificar o vosso Rei?” O momento fatal chegara. Eles exclamaram furiosamente: “Não temos rei, senão a César!” Jesus foi-lhes, pois, entregue e levado para ser crucificado.

De acordo com a ordem de Pilatos e com os costumes romanos, foi colocada uma inscrição por cima da cruz, proclamando o crime pelo qual Ele tinha sido crucificado. Tendo-se certificado, através de um centurião, de que Jesus estava morto, Pilatos entregou o corpo a José de Arimatéia, para que fosse sepultado. O nome de Pilatos desaparece agora do Evangelho. Encontram-se, no entanto, referências ao seu nome em Atos dos Apóstolos (Atos 3:13; 4:27; 13:28) e em 1 Timóteo 6:13. Em 36 d.C., o governador da Síria apresentou graves acusações contra Pilatos, tendo este sido banido para Viena, na Gália, onde, de acordo com a tradição, ele se suicidou.

POTIFAR

O egípcio a quem os ismaelitas venderam José (Gênesis 39:1). Era “capitão da guarda”, provavelmente o chefe da polícia estatal que, fazendo parte do exército egípcio, também se dedicava a tarefas civis (Gênesis 37:36). José, embora fosse estrangeiro, ganhou gradualmente a sua confiança e tornou-se administrador de todos os seus bens. Acreditando na falsa acusação que a sua esposa libertina apresentou contra José, Potifar colocou-o na prisão durante alguns anos.

POTIFERA

Um sacerdote de Om, cuja filha - Asenate - se tornou mulher de José (Gênesis 41:45).

PRISCILA

A mulher de Áquila (Atos 18:2), que nunca é mencionado sem ela. O nome dela precede, algumas vezes, o dele (Romanos 16:3; 2 Timóteo 4:19). Ela e Áquila instruíram Apolo (Atos 18:2).

PUÁ

1.Uma das duas parteiras tementes a Deus que se recusaram a matar as crianças hebraicas do sexo masculino assim que nasciam (Êxodo 1:15-21).

2.Um descendente de Issacar (Juízes 10:1).

PUDENS

Um cristão de Roma que envia as suas saudações a Timóteo (2 Timóteo 4:21).

PUTE

Um dos filhos de Cam (Gênesis 10:6).

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