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O DILÚVIO

Há mais base bíblica para defender o dilúvio universal do que um dilúvio parcial. A princípio, o motivo que levou Deus a destruir a terra com o dilúvio foi o pecado do homem (Gênesis 6:5,7,11,12). A intenção de Deus era destruir todos os seres vivos que existiam sobre a face da terra (Gênesis 6:17; 7.4).

Deus disse em Gênesis 4:7 “... e desfarei de sobre a face da terra toda a substância que fiz”, em outra versão diz “... assim vou acabar com todos os seres vivos que criei”; este texto, juntamente com Gênesis 6:17, deixa claro que o propósito de Deus era em termos universais.

Os que defendem um dilúvio parcial dizem que ainda que o juízo de Deus fosse para destruir o ser vivo sobre a face de toda a terra, como vimos acima, mesmo assim este argumento não é convincente, haja vista que a raça humana e os animais não tinham se espalhado tanto, povoando apenas a região bíblica, onde, segundo eles, deu-se o dilúvio.

Ainda que os defensores do dilúvio parcial não possam provar que os seres vivos povoavam somente a região bíblica, todavia, vamos supor que haja uma possibilidade deles terem razão. Há, porém, três textos bíblicos em favor do dilúvio universal que são incontestáveis.

O primeiro está em Gênesis 7:19, que diz:

“E as águas prevaleceram excessivamente sobre a terra; e todos os altos montes que havia debaixo de todo o alto céu foram cobertos”.

A leitura do texto é, por si só, suficiente para se entender que o dilúvio foi universal. O enfoque agora não está preso à expressão: “todo ser vivente”, mas está voltado para a Terra, não deixando nenhuma dúvida a respeito.

Descobertas científicas recentes comprovam a veracidade deste texto, pois foram encontradas diversas evidências de inundações marinhas em muitos picos de altas montanhas em várias partes do mundo, e não somente na região bíblica.

O segundo texto está em Gênesis 9:13, que diz:

“O meu arco tenho posto na nuvem; este será por concerto entre mim e a terra”.

Sabemos que este arco, o arco-íris, representa a segurança da promessa de Deus de que não ocorrerá mais um dilúvio. Visto como o dilúvio foi somente local, como alguns afirmam, o arco-íris deveria aparecer somente na região onde ocorreu o dilúvio, ou seja, na região bíblica, pois outra região não teria a necessidade do arco-íris (seria uma incoerência divina). Porém, vemos o arco de Deus sobre toda a Terra, dando a entender a todas as regiões que elas não serão mais afetadas por um dilúvio tal como ocorreu, visto que o sinal nas nuvens traz esta segurança.


O terceiro texto bíblico encontra-se em 2 Pedro 3:.6, que diz:

“... pelas quais coisas pereceu o mundo de então, coberto pelas águas do dilúvio”.

O apóstolo Pedro, inspirado pelo o Espírito Santo, nos traz uma revelação sobre o dilúvio. Observe que o texto diz: “o mundo de então” (em outra tradução: “o mundo antigo”), dando a entender que não foi somente em uma região que aconteceu o dilúvio, mas em todo o mundo daquela época. Em conexão com este texto, está o versículo seguinte, que diz: “Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro e se guardam para o fogo, até o Dia do Juízo e da perdição dos homens ímpios”. A Expressão: “pela mesma palavra” (em outra tradução: “pela mesma ordem de Deus”) explica que pela mesma forma (pela mesma palavra ou ordem de Deus) que o mundo antigo foi destruído pelo dilúvio, assim também, “os céus e a terra que agora existem”, ou seja, o mundo atual será destruído pelo fogo.

Existe ainda um argumento, considerado forte, dos que defendem um dilúvio parcial, em que afirmam que o dilúvio universal é improvável porque existem no Brasil, por exemplo, várias espécies de animais endêmicas, ou seja, que são típicas do Brasil, e não são encontradas em nenhuma parte do mundo. Portanto, dizem eles, se houvesse dilúvio universal, no Brasil não haveria animais endêmicos.

Para fechar a defesa da exegese em favor do dilúvio universal, enriquecendo-o com mais um argumento substancial, faz-se necessário um comentário rápido sobre algumas observações e contradições de Charles Darwin, que postulou sobre A Origem das Espécies através da Seleção Natural.

A Seleção Natural, ao contrário do que Darwin afirmou, serve para preservar as espécies e não para dar origem a novas espécies. Pode dar origem a novas raças, pois, por exemplo: se uma determinada espécie que está acostumada a viver em um ambiente frio, por algum motivo, migrar para uma região quente, automaticamente o ambiente começará a exercer uma influência adaptativa no organismo daquela população, e novas características começarão a surgir, como: resistência externa ao sol, maior absorção de líquido, etc.

Ao passo que se houver indivíduos naquela população que, por algum motivo, apresentarem indisposição orgânica para as mudanças adaptativas necessárias, morrerão (conforme observou Darwin – Seleção Natural). Depois de algumas gerações, vivendo sob esta nova realidade ambiental, essa população, que migrou para esta região, dará origem a uma nova “raça” e não espécie, uma vez que a raça que migrou não teve condições de viver neste ambiente.

Em face do exposto, podemos argumentar sobre o surgimento de várias raças e sub-raças de animais e humanas, pois quando Deus criou o homem, Adão, ele era de raça (negro, branco, etc) que não sabemos, e a partir dele surgiram várias raças e sub-raças.

Seguindo esta linha de raciocínio, é coerente afirmar que estes animais que dizem que são endêmicos do Brasil (e, portanto, não podem ser dos animais que foram preservados na Arca de Noé) na verdade vieram das terras bíblicas, e através da Seleção Natural se adaptaram, dando origem a novas raças; e que as raças (da mesma espécie que existe no Brasil) que existiam nas terras bíblicas entraram em extinção, fazendo com que os estudiosos atuais afirmem que estes animais só podem viver no Brasil, quando, todavia, estas mesmas espécies existiam nas regiões bíblicas, embora sendo de outras raças.

Assim sendo, mais uma vez, com base nas evidências e nos textos bíblicos, a crença no Dilúvio Universal goza de maior prestígio, haja vista tudo que foi exposto.

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