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CADMIEL

Um dos levitas que voltou do cativeiro com Zorobabel (Neemias 9:4; 10:9; 12:8).

CAÍM

O primeiro filho de Adão e Eva (Gênesis 4:1-26).Tornou-se num agricultor, enquanto que o seu irmão Abel preferiu ser pastor. Ele era "um homem mal humorado, obstinado, arrogante e vingativo; destituído de qualquer elemento religioso no seu caráter, até para com Deus se tornou desafiador". Com o passar do tempo ("no fim dos dias"), por exemplo, provavelmente no Sábado, os dois irmãos apresentaram as suas ofertas ao Senhor.

A oferta de Abel foi "dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura," mas a de Caim era "do fruto da terra". O sacrifício de Abel foi "mais excelente" (Hebreus 11:4) do que o de Caim, sendo aceite por Deus. Por causa disto, Caim mostrou-se "muito indignado" e nutriu sentimentos de um ódio mortal para com o seu irmão, sendo considerado culpado de o ter morto (1 João 3:12). Por causa deste seu crime, foi expulso do Éden, passando a viver uma vida de exílio, carregando em si a marca de Deus, em resposta ao seu próprio grito de misericórdia pois, daí em diante, pediu para ser protegido da ira dos homens; ou poderá ser que Deus apenas lhe tenha dado um sinal, assegurando-lhe que ele não seria morto (Gênesis 4:15). Condenado a viver como um vagabundo e um fugitivo na Terra, ele refugiou-se na "terra de Node", por exemplo, a terra do "exílio", que se diz ter estado situada "na banda do oriente do Éden". Aí ele construiu uma cidade, a primeira a ser falada, dando-lhe o nome do seu filho Enoque. Os seus descendentes são enumerados até à sexta geração. Estes degeneraram gradualmente na sua condição moral e espiritual, até se tornarem completamente corruptos perante Deus. A corrupção prevaleceu e Deus acabou por enviar o Dilúvio, a fim de evitar o triunfo do mal.

CALEBE

1. Um dos três filhos de Hezrom, da tribo de Judá. É também denominado por Quelubai (1 Crônicas 2:9). Os seus descendentes estão enumerados em 1 Crônicas 2:18-20, 42-49.

2. Filho de Jefoné (Neemias 13:6; 32:12; Josué 14:6,14). Foi um dos que Moisés enviou a espiar a terra no segundo ano após o Êxodo. Era um dos chefes da tribo de Judá. Ele e Josué, filho de Num, foram os únicos, de todos os espias, a encorajar o povo a tomar a Terra Prometida. Só eles foram poupados quando se deu a praga, da qual todos os outros morreram. Todo o povo, de vinte anos para cima, pereceu no deserto, com exceção daqueles dois. A última informação que temos de Calebe é quando (com 85 anos), veio ter com Josué no campo de Gilgal, após o povo ter tomado possessão da terra, lembrando-lhe a promessa que Moisés tinha feito e, assim, reclamando Quiriate-arba como sua herança (Josué 14:6-15; 15:13-15; 21:10-12; 1 Samuel 25:2,3; 30:14). Em Josué 14:6,14 é chamado o "quenezeu". Isto poderá apenas significar "filho de Quenez" (Neemias 32:12). Alguns, contudo, lêem "Jefoné, o filho de Quenez", que era descendente de Hezrom, filho de Farez, um dos netos de Judá (1 Crônicas 2:5).

3. Um "filho de Hur, o primogênito de Efrata" (1 Crônicas 2:50). Alguns lêem toda a passagem desta forma: "Estes foram os filhos de Calebe. Os filhos de Hur, o primogênito de Efrata, foram Sobal, etc". Assim, Hur seria o nome do filho e não o do pai de Calebe.

CAM

Foi o filho mais novo de Noé (Gênesis 5:32; compare com Gênesis 9:22,24). A maldição que Noé proferiu contra Cam, mais propriamente contra Canaã, o quarto filho de Cam, cumpriu-se quando os Judeus exterminaram os cananitas.
Um dos fatos mais importantes registrado em Gênesis 10 é a criação, por Ninrode, neto de Cam, da mais antiga monarquia, em Babilônia. O primitivo império babilônico era, por conseguinte, canita e de uma raça análoga aos primitivos habitantes da Arábia e da Etiópia.
Os canitas foram os mais enérgicos de todos os descendentes de Noé, nos primeiros tempos do mundo pós-diluviano.

CANAAN

Quarto filho de Cam (Gênesis 10:6). Os seus descendentes foram amaldiçoados por causa da transgressão do seu pai (Gênesis 9:22-27). Sidom, o seu filho mais velho, foi o pai dos sidónios e dos fenícios. Teve onze filhos, que foram os fundadores de muitas tribos (Gênesis 10:15-18).

CANANITA

Nome dado ao apóstolo Simão (Mateus 10:4; Marcos 3:18). Isto não quer, porém, dizer que ele seja um descendente de Canaan. Trata-se apenas de uma tradução, ou melhor, quase uma transliteração da palavra síriaca Kanenyeh, que designa a seita judaica dos zelotes. Por isso, ele é chamado, em Lucas 6:15, "Simão, o zelador"; Simão, da seita dos zelotes.

CANDACE

Rainha dos etíopes, cujo "eunuco" ou camareiro se converteu ao cristianismo, pelos ensinamentos de Filipe, o evangelista (Atos 8:27). O país que ela governava foi, durante muito tempo, o centro das relações comerciais entre a África e o sul da Ásia, ficando famoso por causa da sua riqueza (Isaías 45:14).
É, de algum modo, singular que a soberania feminina tivesse prevalecido na Etiópia, sendo o nome Candace um título comum a várias e sucessivas rainhas. É possível que o judaísmo se tivesse instalado na Etiópia nesse tempo e por isso se menciona a visita do tesoureiro da rainha a Jerusalém para adorar. Existe uma tradição que diz que a própria Candace se converteu ao cristianismo pelos ensinamentos do seu tesoureiro, quando este voltou de Jerusalém e que este se tornou num apóstolo cristão naquela região, incluindo também a Abissínia. Diz-se que ele também pregou o Evangelho na Arábia e no Ceilão, onde morreu como mártir.

CAREÁ

O pai de Joanã e de Jônatas que, durante algum tempo, se manteve leal a Gedalias, o governador babilônico em Jerusalém (Jeremias 40:8, 13, 15, 16).

CARMI

1. Filho de Zabdi e pai de Acã (Josué 7:1), "o perturbador de Israel".

2. Descendente de Judá (1 Crônicas 4:1). Num outro texto (1 Crônicas 2:18) é chamado Calebe.

3. Último dos quatro filhos de Rúben a ser mencionado (Gênesis 46:9).

CEVA

Um judeu, principal dos sacerdotes em Éfeso (Atos 19:13-16); o chefe de um dos 24 turnos da casa de Levi. Tinha sete filhos, que “tentavam invocar o nome do Senhor Jesus sobre os que tinham espíritos malignos”, imitando Paulo. Tentaram usar o seu método de exorcismo com um demônio violento e falharam. A resposta que ele lhes deu (Atos 19:15) foi: “Conheço a Jesus e bem sei quem é Paulo; mas vós quem sois?”

CHEDORLAOMER

Rei de Elã. Muitos séculos antes do tempo de Abraão, Canaan e a Península Sinaitica tinham sido conquistadas pelos reis babilônicos e no tempo do próprio Abraão, a Babilônia era governada por uma dinastia que reclamava a soberania da Síria e da Palestina. Os reis desta dinastia usavam nomes que não eram babilônicos mas que eram, ao mesmo tempo, hebreus e do sul da Arábia. O rei mais famoso desta dinastia foi Khammu-rabi, que uniu a Babilônia sob um único governo e fez da cidade da Babilônia a capital. Quando ele ascendeu ao trono, o país encontrava-se sob a suserania dos elamitas e estava dividido em dois reinos: o da Babilônia (a Sinar Bíblica) e o de Larsa (a Elasar Bíblica). O rei de Larsa era Eri-Aku ("o servo da deusa lua"), filho de um príncipe elamita, Kudur-Mabug, que é denominado por "o pai da terra dos amorreus". Uma tabuínha recentemente descoberta enumera, de entre os inimigos de Khammu-rabi, Khudur-Lagamar (" o servo da deusa Lagamar") ou Chedorlaomer, Eri-Aku ou Arioque e Tudkhula ou Tidal.
Khammu-rabi, cujo nome os eruditos dizem também poder ser lido como Ammi-rapaltu ou Amrafel, conseguiu derrotar Eri-Aku, fazendo com que os elamitas saíssem da Babilônia. Assur-bani-pal, o último conquistador assírio, menciona em duas inscrições que tomou Suza 1635 anos depois de Kedor-nakhunta, o rei de Elã, ter conquistado Babilônia. Foi no ano de 660 a. C. que Assur-bani-pal tomou Suza.

CIRO

O célebre "rei da Pérsia" (Elã) que conquistou Babilônia e emitiu o decreto de libertação dos Judeus (Esdras 1:1,2). Era filho de Cambises, o príncipe da Pérsia e nasceu em 599 a.C.. No ano de 559 a.C., tornou-se no rei da Pérsia, sendo o reino da Média parcialmente incorporado na Pérsia depois de conquistado. Ciro era um grande líder militar, inclinado a conquistar para si todo o mundo. A Babilônia caiu perante o seu exército (538 a.C.) na noite do banquete de Belsazar (Daniel 5:30) e a soberania da Assíria foi também acrescentada ao seu império (confronte, "Sobe, ó Elão", Isaías 21:2).
Até aqui, os grandes reis da terra tinham oprimido os Judeus. Ciro foi para eles como um "pastor" (Isaías 44:28; 45:1). Deus usou-o para que rendesse serviço ao seu povo. Pode ter obtido, através do contato com os Judeus, algum conhecimento da religião deles.
O "primeiro ano de Ciro" (Esdras 1:1) não é o ano da sua subida ao trono dos Medos, nem ao trono dos Persas, nem o ano da queda de Babilônia, mas o ano que sucedeu aos dois em que "Dario, o Medo" foi vice-rei na Babilônia, após a sua queda. Só neste momento (536 a.C.) Ciro se tornou rei da Palestina, que passara a incorporar o império Babilônico. O édito de Ciro para a reconstrução de Jerusalém marcou uma grande época na história do povo Judeu (2 Crônicas 36:22; Esdras 1:1-4; 4:3; 5:13-17; 6:3-5).

CLAÚDIO LÍSIAS

O capitão-mor (tribuno) que comandava as tropas romanas em Jerusalém e enviou Paulo, sob proteção, até ao Procurador Félix, em Cesaréia (Atos 21:31-38; 22:24-30). A sua carta dirigida ao seu oficial superior é um exemplo interessante da correspondência militar romana (Atos 23:26-30). Ele comprou a sua cidadania romana e seria provavelmente grego.

CORÉ

1. Um levita e um dos coraítas de entre os guardas dos umbrais do tabernáculo. Era filho de Asafe e pai de Salum e Meselemias, porteiros do templo (1 Crônicas 9:19; 26:1).

2. Um porteiro levita na porta Este do templo (2 Crônicas 31:14).

3. Terceiro filho de Esaú e Aolibama (Gênesis 36:14; 1 Crônicas 1:35).

4. Um levita, filho de Izar, o irmão de Anrão, pai de Moisés e Aarão (Êxodo 6:21). A instituição do sacerdócio araônico e do serviço levítico no Sinai foi uma grande revolução religiosa. O velho sistema sacerdotal dos chefes de família foi ultrapassado. Isto deu lugar a murmurações e descontentamento enquanto os Israelitas estavam acampados em Cades pela primeira vez, transformando-se, depois, numa rebelião contra Moisés e Aarão, chefiada por Coré, Datã e Abirão. Duzentos e cinquenta príncipes, “homens de renome”, homens bem conhecidos entre as outras tribos, juntaram-se a esta conspiração. Exigiram a Moisés e a Aarão que o antigo estado das coisas fosse restaurado, alegando que aquilo já era demais (Números 16:1-3). Na manhã da insurreição, Coré e os seus associados apresentaram-se à porta do tabernáculo, “tomaram todos eles o seu incensário, colocaram neles fogo e também incenso”. Mas logo “saiu fogo do Senhor” e eles foram destruídos (Números 16:35). Datã e Abirão colocaram-se à porta das suas tendas com as suas mulheres, os seus filhos e os seus netos e aconteceu que se abriu um buraco sob os seus pés e a terra os engoliu. Surgiu, então, uma praga entre aqueles que se mostraram simpatizantes com a rebelião. A praga só parou quando Aarão se colocou entre os vivos e os mortos e intercedeu pelo povo (Números 16:47).
Os descendentes dos filhos de Coré, que não participaram na rebelião, ascenderam depois a uma posição importante nos serviços levíticos.

COZ

1. Um sacerdote, chefe da sétima divisão de sacerdotes (Esdras 2:61; Neemias 3:4, 21; 7:63). Em 1 Crônicas 24:10, a palavra leva um prefixo, aparecendo, assim, o nome “Hacoz”.

2. Um descendente de Judá (1 Crônicas 4:8).

CUSÃ-RISATAIM

Governador de duas presidências. Rei da Mesopotâmia que oprimiu Israel na geração imediatamente a seguir à de Josué (Juízes 3:8).
Sabemos, a partir das tabuínhas de Tell-el-Amarna, que a Palestina tinha sido invadida mais do que uma vez pelas forças de Aram-naharaim (Versão Autorizada, "Mesopotâmia"), muito antes de se dar o Êxodo e que na altura em que foram escritas as tábuas, o rei de Aram-naharaim ainda urdia as suas tramas em Canaan. O fato é mencionado entre os países que participaram no ataque contra o Egito, no tempo do rei Ramsés III da 20ª Dinastia), mas como o seu rei não é um dos príncipes mencionados como tendo sido conquistado pelo Faraó, ele não deve ter realmente entrado no Egito. Como o reinado de Ramsés II corresponde à ocupação Israelita de Canaan, é provável que os monumentos egípcios se refiram à opressão dos Israelitas, levada a cabo por Cusã-Risataim. Canaan ainda era vista como uma província do Egito. Por isso, ao atacá-la, Cusã-Risataim estaria a atacar o Egito.

CUSE

1. Um benjamita com este nome é mencionado no título do Salmo 7. "Cuse era provavelmente um seguidor de Saul, o príncipe da sua tribo, que procurou a amizade de Davi com o propósito de 'pagar com o mal àquele que tinha paz comigo'".

2. Um dos filhos de Cam, provavelmente o mais velho e pai de Ninrode (Gênesis 10:8; 1 Crônicas 1:10). Foi dele que a terra de Cuse tomou o nome. A questão da localização precisa da terra de Cuse levantou alguma controvérsia. O segundo rio do Paraíso rodeava toda a terra de Cuse (Gênesis 2:13). O termo Cuse é, no Velho Testamento, geralmente aplicado aos países a sul dos Israelitas. Era o limite a sul do Egito (Ezequiel 29:10), com o qual era geralmente associado (Salmos 68:31; Isaías 18:1; Jeremias 46:9). Está também associado com Elã (Isaías 11:11), com a Pérsia (Ezequiel 38:5) e com os sabeus (Isaías 45:14). A partir destes fatos, inferiu-se que Cuse incluía a Arábia e o país na costa oeste do Mar Vermelho. Rawlinson ainda vê Cuse como sendo o Cuzistão, a Este do Baixo Tigre. Mas algumas insinuações levam à conclusão de que também existe uma terra de Cuse em África: a Etiópia (assim chamada pelos Gregos) da África. Ezequiel fala dele (Ezequiel 29:10) como o sendo o sítio ao sul do Egito. É o país que nós conhecemos como Núbia e Abissínia (Isaías 18:1; Sofonias 3:10). Em inscrições egípcias antigas, a Etiópia é denominada por Kesh. Os cusitas parecem ter-se estendido por uma grande região, desde o Nilo Superior até ao Eufrates e ao Tigre. Num período anterior, deu-se um fluxo migratório de cusitas "desde a Etiópia, propriamente assim chamada, através da África, Babilônia e Pérsia, até à Índia Ocidental". As raças canitas, logo que chegaram a África, começaram a espalhar-se até ao norte, este e oeste. Três dos ramos cusitas ou do tronco etíope dirigiram-se para a Ásia Ocidental e instalaram-se em regiões contíguas ao Golfo Pérsico. Um dos ramos, os chamados cosseus, instalou-se no distrito montanhoso a este do Tigre, conhecido depois por Susiana; o outro ocupou as regiões baixas do Eufrates e do Tigre; enquanto que o terceiro colonizou as praias e ilhas a sul do golfo, donde depois emigraram para o Mediterrâneo, instalando-se na costa da Palestina, com o nome de fenícios. Ninrode foi um grande chefe cusita. Conquistou os acadianos, uma raça tauraniana já instalada na Mesopotâmia e aí fundou o seu reino. Os cusitas misturaram-se com os acadianos e assim formaram a nação caldeia.

CUSITA

1. Pai de Selemias (Jeremias 36:14).

2. Filho de Gedalias e pai do profeta Sofonias (Sf 1:1).

3. Um mensageiro enviado por Joabe a Davi, a fim de lhe anunciar que vencera Absalão (2 Samuel 18:32).

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